sexta-feira, 5 de março de 2010

Anemia da Doença Crônica

É comum que pacientes que permaneçam doentes por um período prolongado acabem evoluindo com anemia; inicialmente esta anemia pode ser por falta de apetite ou sangramentos localizados, o que é diagnosticado como uma anemia carencial. Porém, com o passar do tempo, uma doença crônica pode gerar alterações intensas em nosso metabolismo, que levam o paciente, mesmo alimentando-se corretamente, a este diagnóstico de Anemia da Doença Crônica (ADC). Por definição, patologias que por si só levem a anemia estão excluídas deste diagnóstico, como doenças renal, endócrina e hepática, por hemólise ou uso de drogas. Geralmente, a ADC está relacionada a patologias crônicas infecciosas (tuberculose, endocardite, AIDS), inflamatórias (artrite reumatóide, lúpus, doença de Crohn) ou neoplásicas (linfoma, carcinoma). A causa desta anemia é representada por três fatores que interagem entre si: a diminuição na sobrevida do glóbulo vermelho, falha da medula óssea na produção deste glóbulo vermelho para compensar sua diminuição, e distúrbios da metabolização do ferro que impedem seu uso adequado. Exames básicos, como a comparação de valores entre a ferritina e o ferro sérico, com o auxílio das provas inflamatórias, são suficientes para nos fazer suspeitar desta patologia. Por hoje é só.

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